Muitas vezes, nos questionamos em relação a esta pergunta sem saber definir exatamente uma resposta satisfatória. E percebemos, que diferentes pais não diferem muito ao que querem para seus filhos.
Na verdade, desejamos que os filhos tenham boa autoestima, autocontrole, autonomia, boas habilidades sociais, que sejam pessoas responsáveis, confiantes, felizes, enfim, tudo o que pode fazer da criança um adulto com grandes conquistas e escolhas que não tragam sofrimento.
Num mundo com tanta correria e urgências como estamos vivendo atualmente, o tempo muitas vezes se torna curto para podermos olhar para uma tarefa que exige muito tempo de cada um dos envolvidos. Mas, para se educar um filho precisamos olhar para as prioridades e reorganizar todo um esquema.
A infância passa num piscar de olhos, “em um dia você está trocando fraldas, no outro dia o seu filho está indo para a escola, mais algum tempo e ele estará dormindo na casa dos amiguinhos e, quando menos você espera, ele está trazendo a namorada para você conhecer”. E aí vem o pensamento de que deveríamos ter feito mais coisas juntos, ter tido mais paciência, brincado mais, aproveitado o sorrisinho gostoso. Mas este tempo passou, e o que o filho aprendeu com os pais, ele levará até o fim da vida. É preciso estar presente e participar se quisermos realmente educá-lo.
Isto não significa não ter tempo para nossas coisas pessoais,não ter vida própria e cuidar de nossos interesses, pois isto também é muito importante para nos sentirmos uma pessoa inteira. Porém, educar exige certo investimento parental e significa preparar um filho para a vida, para ser autônomo e viver confiante.
Educar um filho dá trabalho. Só amor não basta, mas sem amor não funciona. Percebemos que crianças geralmente gostam de fazer bagunça, mas precisam se sentir seguras e confiantes, e isto só é possível através das regras dos adultos. E para isso é necessário muita paciência. “Nada pode ser feito a não ser pouco a pouco”. Para se ter um filho feliz, bem educado é fruto de estratégias educativas e não de um golpe de sorte.
E diante disso, muitos questionamentos aparecem na tentativa de achar a resposta para sermos considerados pais perfeitos. Sendo pais pela primeira vez ou não, sempre acaba sendo uma tarefa rodeada por interrogações. Mas em primeiro lugar, todos nós já fomos filhos. E este é o primeiro modelo que temos, ou seja, nós aprendemos com os nossos pais.
No entanto, tudo o que foi aprendido, acabamos por algum momento repetindo, e para educar uma criança, precisamos relembrar como fomos criados e como isso refletiu em nossas vidas. Conscientemente precisamos olhar para nossa história e verificar quais valores consideramos importantes para a construção da história de vida de nossos filhos.
Referência bibliográfica:
Weber, Lídia (2007). Eduque com carinho: equilíbrio entre amor e limites. Juruá Editora.